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Manejo de pastagem: aprenda a controlar as principais pragas e plantas invasoras

22/01/2021

Para se obter resultados satisfatórios em sistemas de produção de leite ou carne, baseados em pastagens, é fundamental não só escolher a espécie forrageira mais adaptada às condições ambientais da sua região, como também manejar corretamente os pastos.  Dentro do manejo de pastagens, há um item fundamental: o controle de pragas e plantas invasoras.
 

Pragas

 

As duas principais pragas que afetam as pastagens são:

 

1) Cigarrinha da pastagem

 

A cigarrinha da pastagem tem gerado bastante prejuízos aos pecuaristas de praticamente todo o Brasil. O controle da cigarrinha tem um custo por hectare relativamente baixo, por volta de R$ 50-R$ 100 por hectare por ano com inseticida químico ou residual.

 

É muito importante que o controle seja feito na primeira fase, que começa junto com o período chuvoso, para evitar perdas maiores.

 

Há também a possibilidade de fazer controle biológico com fungo, que não mata 100% das cigarrinhas, mas deixa o sistema em equilíbrio. Nesse sistema, é necessário fazer aplicação anual do fungo. Começa com uma dose maior no primeiro ano, passando para uma dose menor no segundo ano e, a partir do terceiro ano, estabiliza a quantidade de fungo aplicada.

 

Pode-se, também, associar as duas medidas nos casos de ataques mais severos.

 

2) Lagarta

 

Já a lagarta é mais comum em pasto intensivo, exceto no caso de capim Panicum, que acabam sofrendo um pouco mais de ataques de lagarta, mesmo em sistemas extensivos.

 

A lagarta é muito fácil de ser controlada com produtos químicos à base de piretroides, que têm um custo baixo, por volta de R$ 20 a R$ 30 por hectare por ano. Também pode ser feito controle biológico com fungo, da mesma forma que se faz com a cigarrinha, mas com fungos diferentes.

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Controle de plantas invasoras

 

Há duas distinções de plantas invasoras:

 

1) Planta invasora de folha larga

 

Dentro das plantas invasoras de folhas largas, há folhas moles, que são mais fáceis de serem controladas, e as folhas duras, que são mais resistentes ao herbicida e mais difíceis de controlar.

 

Pode-se fazer roçada, embora tenha uma eficiência muito baixa, sendo mais uma medida paliativa. Todo ano é necessário roçar e as plantas invasoras não serão eliminadas, podendo, inclusive, ficar cada vez mais resistentes aos herbicidas, no caso das folhas duras.

 

A forma mais eficiente de controle, que tem um custo-benefício muito grande, que em médio a longo prazo praticamente elimina as plantas invasoras, com um custo de manutenção muito baixo é o uso de herbicida. Há herbicidas específicos para as folhas duras, variando de R$ 300 até R$ 600 por hectare por ano, dependendo do nível de infestação.

 

A aplicação do herbicida foliar geralmente é feita em área total, para diminuir a população de folha dura em 40% a 60%, aplicando, depois, o produto localizado, passando na base do caule ou cortando e aplicando nesse local.

 

Para as folhas moles, há uma variedade de herbicidas e o custo chega a R$ 120 a R$ 200 por hectare por ano, com um nível de controle muito bom.

 

2) Capins invasores

 

Já a presença de capins invasores no pasto representa um grande desafio para a fazenda, pois não há herbicidas seletivos que matam o capim invasor sem afetar o pasto. É necessário usar uma série de estratégias diferentes, desde reforma de pastagem, manejo, associação de vários métodos de controle.

Fonte: milkpoint