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Índice de Confiança do Agronegócio: apesar de recuar 3,3%, patamar segue elevado

12/05/2021

Os reflexos negativos da pandemia sobre a atividade econômica e a piora das projeções para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2021 resultaram no recuo do Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela CropLife Brasil no primeiro trimestre.

No entanto, a nova colheita recorde de grãos nesta safra 2020/21 e os preços elevados de commodities como a soja e  o milho mantiveram o indicador em um patamar considerado elevado.

De acordo com os resultados divulgados ontem (13/05), o indicador caiu 3,3% em relação ao quarto trimestre de 2020 (121,4 pontos), para 117,4 pontos, e ficou 7,6% abaixo do patamar recorde observado entre julho e setembro do ano passado (127 pontos).

A escala do IC Agro vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.

O índice que mede especificamente a confiança dos produtores agropecuários teve apenas uma leve retração, passando de 127,6 pontos no quarto trimestre de 2020 para 126,7 pontos. Os agricultores continuam animados com colheita, preços e câmbio, ao passo que os pecuaristas seguem beneficiados pelas altas do boi gordo e do leite. Contudo, em ambos os casos, o aumento de custos permanece como o grande ponto de preocupação.

O indicador que inclui indústrias que atuam antes e depois da porteira, por sua vez, caiu de 116,9 pontos, no quarto trimestre de 2020, para 110,7 no intervalo entre janeiro e março, sob influência do atraso da colheita de soja.

Fonte: milkpoint