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Crise hídrica prejudica o agronegócio mineiro

22/10/2021

A escassez hídrica, resultado da maior estiagem dos últimos 90 anos, tem gerado prejuízos na produção agrícola e pecuária de Minas Gerais e várias regiões do Brasil. Além das perdas em produtividade, principalmente, na segunda safra de grãos de 2021, produtores lidam com a redução da captação de água para irrigação e aumento dos custos, com destaque para a energia elétrica.

A falta de água atual resulta das mudanças climáticas e do aquecimento global, e medidas para desacelerar os processos são consideradas fundamentais. No campo, a preocupação com uma produção mais sustentável e o uso eficiente e consciente dos recursos são práticas essenciais e cada vez mais adotadas. 

 

Os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – unidade Milho e Sorgo (Embrapa Milho e Sorgo) Daniel Pereira Guimarães e Walter José Rodrigues Matrangolo explicam, em artigo divulgado pela Embrapa, que os impactos das ações humanas sobre o clima do planeta têm gerado diversos problemas e medidas urgentes para conter a aceleração do aquecimento global e as mudanças climáticas devem ser adotadas. Entre os problemas registrados, eles destacam as estiagens de 2014/2015 e a situação crítica de disponibilidade hídrica enfrentada com as chuvas escassas e irregulares nos últimos três anos.

“Neste ano, a situação tem sido mais dramática, pois estamos enfrentando a maior seca dos últimos 90 anos e instabilidades climáticas com eventos extremos”, traz o artigo.

Ainda segundo os pesquisadores da Embrapa, com as altas temperaturas e a falta de chuvas, a produção foi afetada.


“As perdas de produtividade na segunda safra agrícola causaram prejuízos de bilhões de dólares em exportações, aumento nos preços e insegurança alimentar no mercado interno. A estiagem e as geadas nas regiões cafeeiras de Minas Gerais e São Paulo afetaram também a produtividade das lavouras de citros e pastagens e causaram alta mortalidade de árvores em matas ciliares, facilitando a propagação de incêndios em plantas de baixa resistência às queimadas, resultando em perdas de biodiversidade e

proteção dos recursos hídricos”.


Fonte: diariodocomercio